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Olá, amigo(a), músico de Deus!

Dando continuidade ao nosso estudo de TÉCNICA VOCAL, veremos hoje sobre:

RESPIRAÇÃO

Para uma boa realização no canto e na fala, é preciso ter controle da respiração. A respiração e a postura estão intimamente interligados. Para realizar uma respiração correta é preciso estar numa postura adequada. A respiração é uma função vital que, no canto, aprendemos a controlá-la.

A grande maioria das pessoas atualmente respira mal: "Hoje, principalmente nas grandes cidades, somos obrigados, já na idade de seis anos, a ficar horas sentados no colégio, freqüentemente em salas super-ocupadas e abafadas. Mais tarde, continuando os estudos, exercendo uma profissão, a nossa vida não muda muito. Desta maneira, não tendo uma compensação, os nossos pulmões vão deixando de inspirar profundamente, e o movimento diafragmático é quase nulo, assim é que usamos mais a respiração toráxica e clavicular".

O principal músculo da respiração é o diafrágma, situado na base do pulmão. Quando inspiramos, ele é estendido, e quando expiramos, ele sobe. A respiração, sempre que possível, deve ser nasal, pois assim o ar é filtrado e aquecido pelas narinas.

A respiração usada para o canto recebe às vezes nomes diferentes, dependendo do autor. Alguns a chamam costo-diafragmática, outros abdominal-intercostal. O fato é que devemos encher desde a base do pulmão, suas laterais até às costas, sem levantar os ombros. "Quando se pede aos alunos, no início das aulas de fala ou de canto, para inspirarem profundamente, 80% inspiram com uma elevação forçada das costelas e das clavículas, mantendo os músculos abdominais contraídos, erguendo os ombros, ficando vermelhos no rosto e pescoço... Esta respiração forçada tem conseqüências desastrosas, em primeiro lugar para a voz. A laringe fica sob alta pressão, e pior ainda se a pessoa não articula bem, trancando os maxilares. Assim, a pressão é dupla e as nossas cordas vocais não podem vibrar livremente".

Não se pode ser um bom cantor sem possuir um perfeito controle de sua respiração. A boa respiração é um dos grandes "segredos" da arte do canto.

Na inspiração, que deverá ser sempre nasal, se procura dilatar em todas as direções as costelas inferiores. Ao mesmo tempo, as paredes do abdomen se enchem de ar. Pode se controlar o movimento colocando uma mão no abdomen e outra nas costelas. É importante que a clavícula e os ombros não se movam. Utilizar o espelho é útil para vigiar e impedir movimentos desnecessários de tensão. Deve-se exercitar a inspiração nasal ainda que seja de boca aberta. Deve-se também praticar a inspiração rápida, quer dizer, inspirar a maior quantidade de ar em menor tempo possível, após ter dominado esses movimentos corretamente.

Apoio Vocal

Paro o cantor, é necessário saber administrar a entrada e a saída do ar que respira. A esse controle dá-se o nome de apoio. "Apoio, portanto, é o controle elástico e conciente da força retrátil passiva e espontãnea do movimento de elevação do diafrágma ao promover a expiração, e é conseguido pelo domínio de seus antagônicos - os músculos abdominais e intercostais - com a finalidade de manter o equilíbrio da coluna de ar e aplicá-la à fonação".

Para mais informações, leia o texto do livro: Estética da Voz - Uma voz para o Ator. Eudósia Acuña Quinteiro.

EXERCÍCIOS PARA RESPIRAÇÃO

Exercício para percepção da inspiração involuntária

Muitas pessoas fazem muito barulho ou forçam a inspiração numa tentativa de encher mais o pulmão de ar. Muitas vezes a musculatura está muito tensa e impede uma livre circulação de ar. Solte todo o ar murchando a barriga. Fique alguns instantes sem ar. Relaxe a musculatura deixando o ar entrar, mas sem forçar sua entrada. Faça isso algumas vezes e você vai perceber que não há necessidade de fazer esforço para que o ar entre. Ele entrará sozinho, pois a entrada do ar é algo que acontece naturalmente quando sentimos necessidade de inspirar. Esse exercício serve também para exercitarmos a elasticidade da musculatura abdominal para dentro e para fora.

Exercício para a ativação e expansão da musculatura diafragmática e intercostal

Inspirar enchendo primeiramente a região abdominal e depois as costelas, lateralmente. Expirar primeiramente o ar do abdomen e depois na parte lateral das costelas. Fazer isso num movimento contínuo. Inspiração: parte baixa, depois lateral. Expiração: parte baixa e lateral.

Exercício para treinar a saída do ar com controle (apoio)

Precisamos, no canto, dominar o tempo da entrada e da saída do ar. Precisamos dosar a saída do ar conforme o tamanho de uma frase musical e a inspiração também deve estar de acordo com o tempo hábil para fazê-lo entre uma frase e outra.

Inspirar abrindo as costelas e na expiração soltar o ar firmando o abdomen tentando não fechar as costelas. À medida em que o ar vai acabando, aumentar a pressão da musculatura abdominal (esse exercício pode ser feito contando o tempo da saída do ar para, aos poucos, dominar maior tempo na saída. Ex: soltar o ar em dez tempos, depois em quinze, vinte, etc). Podemos também acrescentar a este exercício o controle do tempo da entrada do ar, que muitas vezes deve ser rápida, dependendo da frase musical. Então, além de contar a entrada do ar, fazemos uma contagem para a inspiração e vamos, a cada vez, diminuindo o tempo para a inspiração.

Exercício para treinar a pressão da saída do ar

Quando temos, de repente, uma nota mais aguda, ou precisamos fazer um som com uma intensidade mais forte, precisamos utilizar mais o apoio respiratório para não sobrecarregar as cordas vocais. Tomando como base o exercício anterior, vamos, na saída do ar, fazendo movimentos abdominais com pressão alternada. Na saída do ar com um "sssss" prolongado, deve-se fazer uma pressão no abdomen e depois diminui-la. Tudo em um mesmo sopro, sem interrupção. Você vai observar que quando aumenta a pressão do abdomen, aumenta também a pressão do ar. Não esqueça de manter as costelas abertas.

Exercício para treinar a abertura das costelas

Uma das formas para sentir a abertura lateral das costelas no canto é inspirar lentamente e, ao mesmo tempo, levantar os braços na lateral até que ele chegue à altura dos ombros. Mantenha alguns segundos a inspiração e observe que suas costelas estarão mais abertas na lateral. Solte o ar e tente manter as costelas abertas. Faça uma vez a expiração com os braços ainda na lateral e depois tente fazê-la soltando os braços, mas mantendo as costelas abertas.

Cuidado para não tensionar os ombros enquanto faz o exercício e também para não direcionar o ar para a parte alta do pulmão.

Outros exercícios para sentir a abertura das costelas na região costal: sente na ponta de uma cadeira, deixe seu corpo cair todo para frente, inclusive sua cabeça. Inspire nesta posição e vai perceber que o ar se direciona para a lateral e para as costas.

Exercício para treinar a respiração na parte baixa do abdomen

Muitas pessoas, quando tentam fazer a respiração intercostal, a fazem de forma muito "alta", ou seja, utilizando pouco os músculos abdominais. Existem diversas técnicas de respiração. Deve-se inspirar desde a base do abdmem abrindo, em seguida, as costelas. Em alguns momentos, ou para algumas pessoas, torna-se dificíl fazer a rspiração mais baixa, principalmente para indivíduos com tendência a ansiedade e vida muito agitada. Quando a respiração "não desce" e se mantém muito no torax, a melhor maneira de fazê-la "abaixar" é através da contração e relaxamento dos músculos glúteos. Experimente expirar o ar lentamente e, ao mesmo tempo, fazer uma contração anal. Quando se encontrar sem ar, relaxe o abdomem. Você perceberá como a respiração se torna plena. Repita o exercício várias vezes.

 

Continuaremos nosso estudo no próximo artigo,
falando sobre "RELAXAMENTO".

 

Jesus abençoe!

Rafael de Angeli
rafael@canaldagraca.com.br
Canal da Graça - Araraquara-SP

 

Referências Bibliográficas:

* Expressão Vocal e Expressão Corporal. Glorinha Beuttenmüller e Nelly Laport. Editora ENELIVROS, Rio Janeiro,1992;
* Manual Prático de Técnica Vocal. Charlotte KAHLE. Porto Alegre, Livraria Sulina Editora.1966;
* RESPIR-AÇÕES. Philippe Campignion. Summus Editorial, São Paulo, 1996.
  
  
 

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